domingo, 16 de agosto de 2009

Recebi esse e-mail e achei relevante e oportuno, já que o momento justifica
nossa ansiedade.

"Acho no mínimo questionável a decisão de retorno às aulas neste momento.
Os motivos me parecem óbvios:

1) O clima continua propício à disseminação viral;

2) O nível sócio-econômico da grande maioria dos alunos torna quase risível
esperar que se eduquem de um dia para outro (lavar as mãos, obstruir
espirros e tosses, etc);

3) Países onde houve contágio semelhante, como Argentina e México o número
de casos só caiu com fechamento de cinemas, escolas, teatros, shoppings.
Medidas muito mais sérias do que distribuir copos de plástico e cartilhas;

4) Não há como lecionar sem nos expormos (e aos nossos familiares).
Principalmente os que temos esposas gestas e /ou filhos pequenos.

5) A recomendação é que alunos com sintomas gripais sejam afastados...como
faremos mesmo isso? Pagaremos o risco de um processo por discriminação??
Nos ausentaremos da sala se não houver solução?

6) As infecções por influenza ocorrem em 'ondas' (de 3 a 4) como divulgado
pelos pesquisadores...de acordo com a expansão no número de casos estamos
na primeira.

7) Não houve estabilização no número de óbtidos suspeitos e confirmados, fator
este dito determinante no retorno às atividades usuais em grupo.8) Como serão
substituídas as servidoras/trabalhadoras grávidas?

9) O diagnóstico de gestação é realizado cerca de 50 dias após o início do período
gestacional, fase em que há grande fragilidade imunológica da grávida. Quantos
óbtidos serão contados nessas gestantes desavisadas?

10) Várias greves e outras sitações supracotidianas já impuseram aulas em período extraordinário. Os óbitos anotados e os que ainda estão por vir não seriam uma
situação
mais do que adequada ?

11) Convivemos a grande maioria, com alunos que urinam no chão dos banheiros
(e até pátios), cospem nas pias e torneiras (no chão nem se comenta) e muitas
vezes o fazem como reação a atitudes disciplinadoras dos professores...imaginem
um escolar ou mesmo universitário que não se importe com o próximo e se sinta
excluído?

12) Os recursos na grande maioria das escolas e universidades não permite a
compra de quadros negros e carteiras. Espera-se que forneçam de hora para
outra bebedouros com garrafões de água mineral? Pois é óbvio que os bebedouros
comuns são uma ótima fonte de contaminação (saliva), mesmo usando-se copos
descartáveis.

13) Finalizo com uma pergunta: os colegas imaginam que 40, 60 alunos
permaneçam em sala com clima frio por 3, 4 h sem espirrar ou tossir sem
proteger o próximo (para o alto)?



Leandro Bastos, Pós-Dsc.
Prof. Titular Ciências da Saúde/ Virologia UFF
Campus Valonguinho - Niterói, RJ.
21-98675534

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